OPINIÃO

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Educação: é uma partida de futebol!

Bola na trave não altera o placar
Bola na área sem ninguém pra cabecear
Bola na rede pra fazer o gol
Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?”

Neste tempo de Copa do mundo todo mundo é técnico. Todo mundo sabe um pouco e não precisa ser especialista para dar uma opinião a respeito. O mundo para pra ver a superação, a determinação, a alegria dos gramados, a força de um povo, de uma nação, de um continente..

A educação se confunde com uma grande e difícil partida de futebol. É um duelo de gigantes, bem sabemos. Como jogadores, entramos em campo , cheios de esperanças, de sonhos. Desejamos a vitória e sabemos que o jogo não é fácil. Acreditamos na possibilidade de vencer todas as barreiras. Não queremos bola na trave. Queremos bola na rede. Cada um de nós é um atleta em potencial. Nem sempre acertamos. Nem sempre alcançamos os louros da vitória.

Quantas vezes fizemos escolhas erradas como Dunga, “pedalamos” como Robinho, fizemos gol contra como Felipe Melo ou aumentamos o placar do nosso time como fizeram Luis Fabiano, Juan ou Elano. Quantas vezes nos “chutaram” para escanteio ou não “deram bola” para nossas idéias e propostas?

Ainda assim continuamos jogando, acreditando, apostando em nós, em tudo e em todos. Jogamos, muitas vezes, em condições adversas, mas fizemos muitos gols ainda assim!

Quantas vezes fomos zagueiros! São tantos os ataques em nossa vida diária, ora vindo de nossos alunos, pais, colegas, superiores, sistema...Quantas vezes nos sentimos acuados, sofremos faltas, somos advertidos, levamos cartão amarelo ou vermelho, somos expulsos. A força que está em nós, às vezes precisa de um reforço, de um “banco de reserva”, senão a gente se sucumbe e não tem força para mandar pra escanteio o desânimo, o baixo-astral e a descrença....

Tem jogador que não joga limpo, não dá passe, não arrisca. Não podemos esquecer de que a vitória de um time coeso é coletiva, mais individual. As habilidades a serviço da coletividade.

No nosso meio há muita gente de raça, gente que repõe a bola em jogo quando esta sai pelas laterais do campo. Gente que acredita e que entende que nem tudo está perdido, gente que encoraja, anima, instiga, motiva, estimula. Há ainda os que viram as costas, fecham os olhos, torcem contra...

A nossa felicidade é a “jabulani” que tanto queremos e por quem lutamos não somente por dois tempos de 45 minutos, mas por uma vida inteira. Não podemos nos esquecer de que a vida não tem prorrogação. Felicidade é a grande bola da vez e não podemos jamais deixá-la passar por nós. É preciso agarrá-la com toda a força e defender o nosso espaço , o nosso time, a nossa “camisa”. Precisamos ser um Júlio César de vez em quando!....

Qual é o seu foco? Onde quer chegar? Em que posição você joga? Defende ou ataca? Tira o time de campo de vez em quando? Arrisca um chute?

No jogo da educação, como no jogo da vida, somos todos atacantes.Temos sede de gol e de Vitória!

Se falharmos, o Justo Juiz estará do nosso lado, apitando quando erramos e colocando a bola ao alcance de nossos pés para o grande recomeço. Afinal, o jogo, a vida, o sonho continuam....

Fábio Gonçalves